domingo, 29 de novembro de 2015

Fome

Mata a tua fome pequeno Homem
E acaba por te matar junto
Acabando em uma ciranda de todo o mundo
Morto, enterrado, o famoso defunto.

Mata a tua fome pequeno Homem
Exploda as paredes da intolerância
Coloque pra fora esse ódio, essa ânsia
E o que resta, os desejos de paz na infância

Mata tua fome pequeno Homem
Puxa esse gatilho do alimentado homicídio
Faz crescer até se tornar um genocídio
Se farta pra enfartar, terminar tudo no próprio suicídio.

Mata tua fome pequeno Homem
Briga tua religião com tua ciência
Teu sexo, tua cor, teu chão, tua dependência
Mas em deixa em paz os que apenas pedem Clemencia.

Mata tua fome pequeno homem
Mas aprenda que o mundo é redondo
Quem um dia ele fica cheio do ódio que anda pondo
E o que resta é mais vida se decompondo


domingo, 15 de novembro de 2015

Tabaco

Ontem eu voltei cheirando a Álcool e Tabaco
E foi tão horrível porque não era eu
Eu queria tanto que você não me visse ontem
E realmente você não viu, não era eu

Eu andava no meio dos suicidas, que me perguntavam...
"Você ta melhor?" "Você ja superou?"
E eu respondo alegre que sim, que estou ótimo
E eu sorrio, canto, falo alto, não era eu

E o meu mundo girava ontem, valsava diante dos olhos
Mas não como girava com você, como gostava
Tanto cheiro forte, bocas, mulheres, que quase esqueço a sua
E eu me perco em tudo isso, como um ébrio, não era eu

Mas a noite vem, e volta tudo de encontro
Sua boca, o seu cheiro, a sua valsa, me mata, me liberta
Me mata, me faz querer morrer, me revive, me faz querer viver
Ah, eu juro que não sou assim, não era eu

Me desculpa, eu simplesmente to fazendo o que prometi não fazer
Me matar, mesmo que aos poucos, mesmo que você nunca va ler
Mesmo que você nunca mais vá se importar o que eu sinto
Mesmo que eu nunca mais te esqueça de mim, esse sim, sou eu