sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Pra ser sincera (Daniele Fusco)

Deito-te em meu colo mais esta noite, esperando que o tempo pare
Minhas mãos tocam sua face, teus cabelos, desejando acariciá-los a todo instante
Teu olhar rouba o meu enquanto meus lábios ardem em desejo
Um desejo insaciável de ti que apenas seu amor é capaz de controlar
E então em meus braços seguro o meu mundo
Querendo protegê-lo de tudo e implorando para que nada o leve de mim
Uma lágrima cai sobre meu rosto, esta chamo de saudade
Saudade que me vem a cada vez que me dás um boa noite
Saudade que me faz perceber o quanto te amo.
Minha vez, deito-me em seu peito e ouço teu coração
Ele bate rápido, você diz que sou o motivo e então o meu acelera
Me mostrando que sem você eu não vivo, eu apenas existo
E qual é a graça de existir sem ter uma razão pela qual viver?
Pra ser sincera, te quero ao meu lado para todo o sempre
Assim um dia poderei dizer como valeu apena cada olhar, cada beijo, cada sorriso,
Cada agradecimento à Deus por ter lhe colocado em minha vida
Pra ser sincera, você é tudo o que um dia almejei ter
E por isso hoje digo que sou feliz
Pra ser sincera......
Eu amo você !


Poesia feita pela menina que mais amo neste mundo
Daniele V. Fusco



O ímpio

são dois lados
um escuro e outro
outro lado
mais escuro,denso

São dois reis
um bom e outro
o outro mal
impiedoso,atroz

são duas escolhas
uma certa e a outra
mais certa ainda
dificil,mas ainda assim segura

São dois criadores
o que te criou e outro
que te domina
que ilude,que te prende

São duas criaturas
a que cai e a outra
que cai tambem
Mas que levanta,que recebe

domingo, 31 de julho de 2011

Tentativa de compreensão

Amar é um verbo
um verbo que longe transita
Que logo me fecha de novo
E logo meu corpo necessita

A noite é um substantivo
Substantivo que traz paz e conforto
Às vezes um sujeito que me acompanha
Me fazendo não enxergar este caminho torto

Belo é um adjetivo
Um adjetivo que nunca mais vivi
Me lembro de vê-lo quando criança
Longe do mundo em que fome senti

“Um” é um artigo
Quem sabe “um” lugar
 “um” alguém, “um” dia destes
Esperança indefinida de me tratar

Tu é um pronome
Um pronome tão pessoal
Que mal consigo visitar
Mas que saiba o quanto ainda me faz mal

Eu sou um sujeito sem nada
De mãos atadas e palavras em homicídio
Espero que um dia entenda esta divisão
Dos versos que me impedem de meu completo suicídio

domingo, 24 de julho de 2011

Far Away

Tão “Far away” como um trem que sai de suas rotas
Tão perto de algum lugar,é para onde fujo com minhas feridas expostas

É tão longe esta tal de “Far away” ,mas me deixa imaginar a paz
Me faz sentir de novo que o que já senti nestes dias imensos que deixei para trás

Chegando a uma velha pousada chamada memórias
Mais uma parada a caminho de “Far away” lembrando-me de minhas estórias

A destino da velha “Far away” eu sinto minhas sombras desaparecerem
Não me seguem por estes caminhos,e as sinto dissolverem

Chegando a “Far away” consigo entender as preces de minha alma
Me pedindo para deixar tudo e viver apenas com minha calma

É por este segundo que paro para descansar tão “Far away” novamente
Paro e reflito nas longas passagens dentro de minha mente

Mas logo meu mundo pede pra levantar de volta para lugares mais pertos
Então deixo novamente a velha “Far away” para momentos tão certos
E mesmo neste mundo tão certo onde andamos caminhando
Ainda não esqueço que a velha “Far away” está tão perto quando me pego pensando

terça-feira, 26 de abril de 2011

Lamentos II

Como os ladrilhos do fundo desses versos que cortam meus pés
Como os fantasmas que se mostram a noite solitários vagando
Descendo ao inferno para salvar o que me resta de fértil
Tentando compreender a fome que alimenta a falta de algo

Se eu sentisse que o que me falta pudesse ser reparado tão facilmente
Sentiria alienado como todo meu corpo sempre almejou ser
Penso que criar uma nova pele sobre a que foi ferida se chama tentativa
Tentativa de reparar os gritos sufocados de tão longe que ecoam aqui perto

Tentar esquecer que tudo que eu quis,e me foi tirado no momento que senti
Seria apenas outra tentativa,fingir que as flores continuam abertas,inútil
Se meu lamento se mostrasse mais crente ao doce deixar passar do mundo
Talvez seria menos confiante as realidades que desde cedo aprendi a olhar

Penso que tudo que nos deixamos levar é apenas uma prova para sermos aprovados
Me torno a cada dia mais alma do que um corpo feito de tudo que absorve
Apenas mais uma quebra de paradigma de alguém que deseja viver fora do mundo
Lamentando as rosas que se fecharam ao longe,para dar lugar aos espinhos,que me protegerão um dia

terça-feira, 12 de abril de 2011

Voltando para casa


Quando acordo e vejo os anjos dizerem boa noite
Eu sigo o frio que me guia ás manhas de volta
Reflito no heróis que fizeram o caminho reverso
E se retiraram das guerras,tão longe de casa

Voltando para casa,tão longe da real situação
Esperando as nuvens tóxicas abaixarem
Revelando o sangue que escorrem das mãos
Beijando o chão que jamais os pertencerão

Quandofaço meu caminho de volta para casa
Penso em morrer nas sombras das lutas que não me pertencem
Enquanto vejo as luzes que brilham tão perto de onde venho
Sinto o cansaço de alguém que suplica um veneno menos doloroso

Mostro cansaço apenas de refletir sobre morrer por algo
Algo que talvez nem seja minha real missão nesses solos
Nas noites gélidas dessas frentes de agressão,pensando longe
Tão perto de onde deveriam estar quando vieram servir

Eu posso sentir o desejo de viver e mostrar a verdadeira face
Posso sentir as dores intensas conforme as feridas se abrem
Conforme eles voltam para casa,tão longe,tão perto de voltar
Apenas mostrando fraqueza de mais uma noite longe do céu

sexta-feira, 11 de março de 2011

Êxodo

Amigo, de tão longe escrevo
Nesse lugar que tanto almejo
Foi-se o tempo de meus festejos
Hoje sinto o peso desse meu desejo

Saudades dos vento que ai soam
Sentir apenas as penas dos pássaros que voam
Aqui só sinto as vozes que ecoam
Misturado com as mãos que soam

Nesse valsar de concreto me misturo
Sem certeza desse meu novo futuro
Vivo apenas a mercê desses muros
Escrevendo os frutos desses meus sussurros

Peço que cuides desse nosso canto
Desse meu chão que amo tanto
Um dia voltarei enrolado em um manto
Como desbravador, aclamado como um santo

terça-feira, 8 de março de 2011

Versos Perdidos

Nesses meus versos perdidos encontrei aquilo que me faltava
Nos diálogos com o céu pedi uma parte dele,só para mim
Soube esperar,até que pudesse ser atendido por ele
Apenas aguardei esse pedaço de estrela me enobrecer

Do céu me veio você, não só um pedaço de estrela
Mas o universo inteiro, na forma de um anjo guardião
A quem eu realmente começo a sentir falta todas as noites
A quem eu sinto falta a cada vez que me soltas as mãos

Fostes enviada para proteger-me, não tenhas duvida
Só preciso de um abraço para suportar mais essa noite sem ti
Enquanto minha mente para, meu corpo repousa hoje
Sinto sua paz me acariciar o peito mesmo que longe, acalmando-me

Desta noite se faz os desejos dos meus próximos dias
Não planejo mais nada que não envolva tuas asas em meus caminhos
Meu silencio se alegra,meus acordes se tornam menos melancólicos
Minha boca sente falta da tua,e os ventos me conduzem até a ti

Como se não importasse mais nada rogo-te minha linda
Que mostre-me o caminho para onde vamos todos os dias em segredo
Que me deixe olhar para seus olhos mais essa noite fria e gélida
E que promete-me fazer de todos meus versos terem sua direção

E que assim seja todos os dias, pelo menos até onde os astros permitirem
Fazendo nossos rostos se tocarem em todos os nossos encontros
Mostrando-me assim toda a sua inocente, caricia de um anjo escondido em terras
E que esse sentimento se multiplique entre os dias em que se sucederem nosso amor

domingo, 6 de março de 2011

Aminesia

Já não me lembro da cor do seu beijo
Que a tempos desejava esquecer
Já não me lembro de como a chamava
Forço minha mente para essa aminésia

Já não tenho mais vontade de gritar seu nome
Dizer o quanto te amei, ou ainda te amo
Já não quero escrever sobre ti
Se torna platônico o que ontem foi realidade

Já não consigo te ilustrar em minhas folhas
Hoje elas morrem em minhas memórias
Já não posso mentir para minha alma
Sua falta me faz esmorecer a cada dia

Já não controlo o que sinto mais
Espalho “te amo” para todos os lados
Já não te quero mais longe de mim
Mas nem te quero tão perto para que não volte lembranças

Já não consigo andar sozinho
Me perco a cada olhar indireto que me dás
Já não caio em suas indiretas que me flecham
Sei de cada desejo, vontade ,raiva que carregas

Já não mostro sinal de cansaço para ti
Mas ainda choro com sua ausência como sempre
Já não me recordo de mais sentimento algum
Só me lembro que esses versos são como todos os outros, para ti

sábado, 29 de janeiro de 2011

Desejos

Eu desejaria que meu amor jamais tivesse nascido
Desejaria em uma  ato de completo egoísmo que você não existisse
Não quero que passes por esse ciclo chamado vida
Que passe por o que eu passei ou passarei um dia destes chuvoso

Eu desejo que jamais tenha conhecimento de nada que tire sua inocência
Desejo poder estar ao seu lado apenas as noites quando precisarei descansar
Assim posso falar de meus problemas fúteis sem que você  entenda palavra alguma
E finalmente possa esquecer de que eu vivo sobre estes solos frios e calculados pelo destino

Eu desejaria que você não soubesse o porque do ser  humano se matar quando mata algo
Desejaria que não conhecesse o material,a lógica,o exato,a superstição,a fome,a dor,o medo
Desejaria apenas que me conhecesse por fora,para não poder transmitir minhas dores
Que apenas você consiga sorrir quando eu chegasse cansado de tudo,sem mais explicações

Desejaria que seu corpo não existisse,que sua alma fosse livre,sem respeitar lei alguma
Que voasse como a noite e me trouxesse lagrimas de consolo e votos de coragem
Que pudesse me esconder em suas asas sem motivo algum aparente
Que eu pudesse descansar em paz finalmente um dia,sem mais desejos