sexta-feira, 11 de março de 2011

Êxodo

Amigo, de tão longe escrevo
Nesse lugar que tanto almejo
Foi-se o tempo de meus festejos
Hoje sinto o peso desse meu desejo

Saudades dos vento que ai soam
Sentir apenas as penas dos pássaros que voam
Aqui só sinto as vozes que ecoam
Misturado com as mãos que soam

Nesse valsar de concreto me misturo
Sem certeza desse meu novo futuro
Vivo apenas a mercê desses muros
Escrevendo os frutos desses meus sussurros

Peço que cuides desse nosso canto
Desse meu chão que amo tanto
Um dia voltarei enrolado em um manto
Como desbravador, aclamado como um santo

terça-feira, 8 de março de 2011

Versos Perdidos

Nesses meus versos perdidos encontrei aquilo que me faltava
Nos diálogos com o céu pedi uma parte dele,só para mim
Soube esperar,até que pudesse ser atendido por ele
Apenas aguardei esse pedaço de estrela me enobrecer

Do céu me veio você, não só um pedaço de estrela
Mas o universo inteiro, na forma de um anjo guardião
A quem eu realmente começo a sentir falta todas as noites
A quem eu sinto falta a cada vez que me soltas as mãos

Fostes enviada para proteger-me, não tenhas duvida
Só preciso de um abraço para suportar mais essa noite sem ti
Enquanto minha mente para, meu corpo repousa hoje
Sinto sua paz me acariciar o peito mesmo que longe, acalmando-me

Desta noite se faz os desejos dos meus próximos dias
Não planejo mais nada que não envolva tuas asas em meus caminhos
Meu silencio se alegra,meus acordes se tornam menos melancólicos
Minha boca sente falta da tua,e os ventos me conduzem até a ti

Como se não importasse mais nada rogo-te minha linda
Que mostre-me o caminho para onde vamos todos os dias em segredo
Que me deixe olhar para seus olhos mais essa noite fria e gélida
E que promete-me fazer de todos meus versos terem sua direção

E que assim seja todos os dias, pelo menos até onde os astros permitirem
Fazendo nossos rostos se tocarem em todos os nossos encontros
Mostrando-me assim toda a sua inocente, caricia de um anjo escondido em terras
E que esse sentimento se multiplique entre os dias em que se sucederem nosso amor

domingo, 6 de março de 2011

Aminesia

Já não me lembro da cor do seu beijo
Que a tempos desejava esquecer
Já não me lembro de como a chamava
Forço minha mente para essa aminésia

Já não tenho mais vontade de gritar seu nome
Dizer o quanto te amei, ou ainda te amo
Já não quero escrever sobre ti
Se torna platônico o que ontem foi realidade

Já não consigo te ilustrar em minhas folhas
Hoje elas morrem em minhas memórias
Já não posso mentir para minha alma
Sua falta me faz esmorecer a cada dia

Já não controlo o que sinto mais
Espalho “te amo” para todos os lados
Já não te quero mais longe de mim
Mas nem te quero tão perto para que não volte lembranças

Já não consigo andar sozinho
Me perco a cada olhar indireto que me dás
Já não caio em suas indiretas que me flecham
Sei de cada desejo, vontade ,raiva que carregas

Já não mostro sinal de cansaço para ti
Mas ainda choro com sua ausência como sempre
Já não me recordo de mais sentimento algum
Só me lembro que esses versos são como todos os outros, para ti