sábado, 30 de outubro de 2010

Silencio

Quando a ultima luz se apaga sinto frio
A musica que ao fundo tocava,se cala em um tom
As pessoas que ali conversavam apenas respeitam o silencio
Tudo para talvez por algum instante ou para sempre

Talvez  o silencio tenha asas,que abrange todo um corpo
Não exatamente como um anjo,demônios também voam com elas
Talvez seja uni presente,consegue ligar pensamentos
Em outros casos separa duas mentes como uma foice

Eu que julgava o silencio de forma tão erronia
Apenas aceito a sua posição de juiz,onde nós mesmo se julgamos
Seu veredicto sempre tão correto,sem que possamos recorrer
Abaixo a cabeça e tento pensar em algo que ainda viva

É tudo tão artificial e morto quando estamos cercados por ruídos
É tão fácil construir um pensamento como tantas vozes em volta
Formar uma opinião juntando tantas formas de pensar

E quem um dia já teve a honra de fazer tais atos em silêncio
Descobriu que a resposta de todas a perguntas que nos matam
Está na pequena brisa que o silencio trás nas manhas
Ou nas gotas de arrependimento nas longas noites que temos que suportar

Que essa paz que poucos tem o privilegio de sentir, invada mais uma vez meu espírito
Que o meu silencio sempre aponte uma respostas para as duvidas
Que o desejo de ficar sozinho continue cada vez mais
E que eu ache a cura imediata das minha dores
Antes de ser  julgado pelas palavras que um dia pronunciei

Gabriel Machado

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Algumas Rosas

Algumas rosas cruzaram meus caminhos hoje
As rosas do seu nome fizeram-me voltar a vida
Quando você se virou para mim,pude te olhar a fundo
Meu jardim lançou um novo aroma no ar
E pois fim naquele perfume que não saía da minha mente

Meus acordes continuam melancólicos como sempre
Meus solos ainda fazem sons gélidos e sem vida
Meus versos ainda não tomaram um rumo correto
Mas algo esta diferente em minhas palavras
Talvez sejam as rosas desse meu novo jardim

Algo esta diferente nessa manhã
Parei de olhar para aquela direção todos os dias
Parece que consigo enxergar uma outra linha no céu
Eu consigo sentir uma outra presença invés da minha antiga dor
Será que essa me fará sangrar também?

Será que terei que perguntar de onde vens essa presença também
Será que mais alguma flecha que atirada no céu me acertastes
Tenho medo de ignorar o perfume de suas rosas
Mas tenho medo de me machucar nos espinhos  que guardam seus segredos

Apenas tento resistir ao exilir de suas armadilhas
Mas agradeço por me tirar daquele vicio que me consumia
Minha real intenção era apenas a de olhar um pouco a minha volta
Mas algo me puxa para olhar na direção desse perfume
Mais  uma vez sou acorrentado a mais uma flor!

Gabriel Machado

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Espera

Esperando sozinho olhando para espelhos
Sentado em algum lugar,eu apenas desejo sentir
Eu sonho contigo todas as noites,mas não sei quem és ainda
Talvez já tenha te visto em algum dia desses meus dias vazios
Te espero no alto de algumas montanhas gélidas
Não tenho pressa de que me encontres
Um dia sei que sonharas comigo,apenas aguardo
As vezes é tão escuro seguir sem alguém ao lado
Mas a luz que vejo a frente me conforta

Esperando pertos dos continentes que nos cercam
Ou até mesmo nos oceanos que nos banham
Aguardo triste mas sorridente pela minha longa espera
Que a paciência consiga deter minha pressa
E que meus versos apenas tenham direção quando forem merecidos
E que essa duvida de que se realmente espero no lugar correto
Suma de vez de mim,e de lugar a certeza dos meus sonhos
Não tenho pressa de ver teu rosto
Muito menos se tua beleza agrada os falsos olhos
Nessa hora pouco me importa o que acham daquilo que espero

Eu sonho com você,você sonha comigo
Desejamos apenas que nossos sonhos se encontrem
Mesmo que isso demore uma vida toda
E mesmo que eu apenas possa te dizer poucas palavras
Já me sentiria recompensado pela minha longa espera
E quando nossas vidas se cruzarem por entre as ruas
Que ninguém nos ouse acordar para a realidade
Enquanto meus sentimentos apenas ficam em folhas
Eu apenas espero,descanso,levanto e espero algo

Gabriel Machado

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Céu

Esta noite o céu se arruma para todos aqueles que o adimira
Cobre todo nosso ser com uma breve serenidade
Ele olha para sua irmã que aquece um outro momento
E com um tom tão suave apenas diz boa noite

Infeliz é a noite que se arruma para poucos
É nessa hora que descansamos nossas feridas
Fechamos os olhos para tudo que nos cerca
Esquecemos de olhar para cima e simplesmente dizer obrigado

Ele solta sua doce brisa noturna e consola os males
Os males dos que sofrem da insonia desse mundo
Cansaço e mais cansaço,e o desejo de apenas fechar os olhos
Abra a janela e veja como ele se enfeita só para você

Olhe para ele,conte seus segredos,suas duvidas
E veras que chorarás com você,e imediatamente ficará gélido
Suas lagrimas fazem muitos solos florecerem
Seu pranto fazem muitos temerem sua depressão

Alguns homens se arriscam a entrar em sua imensidão
Muitos ficam,pelo simples desejo te conhece-lo
Mas nunca chegaram perto de seu coração
E jamais conseguirão estudar suas emoções e vontades

Essa noite o céu nos convida para uma ultima valsa
Antes de sua queda sobre todos nós
Será o descanso daquele que nos faz toda noite descansar
Esta noite o céu será aberto para você

Gabriel Machado