quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mentiras

Mentira,mentira,mentira,não,verdade
Juro meu eterno amor por quem eu amo
Mentira,eu me amo,mentira,eu te amo
Verdade,eu prefiro as flores do quês as pessoas
As flores perdem o brilho tão cedo,verdade
Prefiro um vidro de uma doce colônia,mentira

Me jogaria do monte mais alto por nossos sonhos
Mentira,eu posso voar mais altos que os montes
Mentira,apenas os anjos tem asas para voar,verdade?
Os demônios voam com lindas asas dadas pelo Criador
Eu sou um anjo?acredita?não posso voar,então não sou?

Mostrem-me a verdade,preciso sabe-la?
Não,se eu soube-se dela talvez a transformaria em mentira
Verdade?Não,eu apenas digo o que penso,confuso?
Verdade,a mentira confunde os maiores pensadores
Sábio,é aquele que não se corrompe diante dela,verdade

Jamais mentiria em minhas palavras,mentira
Minto a cada verso,verdade,mentira é claro
Eu daria minha vida por uma verdade,sim,verdade
Eu mostraria minhas verdades para quem me mostrasse uma
Mentira,pobre ser humano que vive no que considero um dom
Mentira,mentira,mentia,mentira........

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lamento Severino

Povo que sofre,tão remido pelas suas crenças
Povo que mata pra não morrer nas dores de suas angústias
Que amanhece em sua terra natal e dorme no outro lado do mundo
Povo que merece meu respeito e algumas palavras de consolo

Sua arte é a resposta para vida,seu canto, belo nos ouvidos de sua natureza
Povo que sofre da realidade em que nasceu pra sofrer
Que foge da foice pra sobreviver,mas que dela utiliza pra se sustentar
Que morre sem medo,que vive doente durante o sol,mas que se cura quando o dia acaba

Que todo ato de preconceito meu seja castigado pelos seus deuses
Hoje aprendo a respeitar tal dor e estupro que essa maioria sofre
Maioria que foge da morte para quem sabe conseguir mais alguns dias de vida
Que se corta até o ultimo espinho da flor da flora que o sustenta

Quando o sol nasce,cada um sai de seu esconderijo
Cada um,mata,morre,soa,ganha o pouco,vive o muito
Faz seu carnaval com algumas notas de seus instrumentos pálidos
Mente estar satisfeito com seu trabalho,estar alegre pelas dores

Mistura de suor dos dias que corroem seu corpo,que machucam sua alma
Com a alegria de gritar que ainda vive,que deseja um dia parar de sofrer
De andar por entre os tais falados “sois da liberdade”  que brilham no céu da pátria
Mas o sol que esse povo conhece  ,é aquele que queima suas cabeças todos os dias

domingo, 14 de novembro de 2010

Seu olhar

Azul cor infinito,assim eram seus olhos
Valsavam a minha frente,brilhavam radiante
Mas em uma noite pude ver o medo neles
Seu nome será para todo o sempre céu

Talvez castanhos,seria esse a cor deles?
O castanho tão comum nos olhares alheios
Mas o brilho e a impaciência do seu olhar o diferenciam
Será sempre minha moça dos olhos castanhos

Quando sol coloriu eles consegui ver algo negro
Negro,esta sim era a cor dos seu olhos
Tanto mistério,tentativa de esconder seus segredos
Serás minha dama dos olhos cor “trevas”

Verdes,sim,iluminavam meu luar mais uma vez
Agora tenho certeza da tonalidade de seus olhos
Tão claros e meigos,algo místico porem real
Será minha prometida dos olhos cor "claro"

Eram brancos,alvos mais que a neve
Puros,tão belos que exalavam justiça
Verdade,mostravam força e a simplicidade da cor
Serás para todos os olhares minha vista para a paz

Cego,estes são meus olhos
Que ao menos lembram a tonalidade de sua face
Ao menos consegue mentir que se lembra de pequenos detalhes
Será para toda a eternidade cegos
Mas continuarei para todo o sempre minha busca
Pela cor do seu olhar tão comum

Talvez vermelhos,seria a cor deles?......

Gabriel Machado

sábado, 6 de novembro de 2010

Poesia,Covardia,Alegria

Um breve momento de paz quando abro mais uma vez as paginas da vida
Por um breve momento sinto que minhas mãos tocam um pedaço do céu
Mas de que adianta esconder que só consigo transmitir tristeza
Talvez seja isso que o ser humano aprecie,alguém que consiga transmitir dor

Desculpe mas não consigo expressar desejo ou sonho algum em versos
Apenas reais sentimentos e filosofias aplicadas por cada um em vida
De que adianta um poeta que ao menos sabe rimar,que ao menos sabe amar
Tentando se esconder em frases sem sentido e com um tom de sentimento

Me sinto no ápice da covardia,se escondendo atrás de uma folha e alguns grafites
Mas que outra maneira posso dizer que ainda sinto alguma coisa,que algo ainda vive em mim
As vezes me pergunto se esse sentimento que ainda me resta não seja apenas lagrimas
Talvez ainda seja algo que pode ser classificado como arte

Que essa morte do meu ser seja entendida como um luto,mas que pelo menos seja apreciada
Que eu possa fazer as pessoas sorrirem ,que os motivos para tanto pranto seja esquecido  
Que minhas fúnebres reflexões possam consolar algum coração um dia
Mas que algum coração um dia consiga consolar minhas tristes poesias

Gabriel Machado

sábado, 30 de outubro de 2010

Silencio

Quando a ultima luz se apaga sinto frio
A musica que ao fundo tocava,se cala em um tom
As pessoas que ali conversavam apenas respeitam o silencio
Tudo para talvez por algum instante ou para sempre

Talvez  o silencio tenha asas,que abrange todo um corpo
Não exatamente como um anjo,demônios também voam com elas
Talvez seja uni presente,consegue ligar pensamentos
Em outros casos separa duas mentes como uma foice

Eu que julgava o silencio de forma tão erronia
Apenas aceito a sua posição de juiz,onde nós mesmo se julgamos
Seu veredicto sempre tão correto,sem que possamos recorrer
Abaixo a cabeça e tento pensar em algo que ainda viva

É tudo tão artificial e morto quando estamos cercados por ruídos
É tão fácil construir um pensamento como tantas vozes em volta
Formar uma opinião juntando tantas formas de pensar

E quem um dia já teve a honra de fazer tais atos em silêncio
Descobriu que a resposta de todas a perguntas que nos matam
Está na pequena brisa que o silencio trás nas manhas
Ou nas gotas de arrependimento nas longas noites que temos que suportar

Que essa paz que poucos tem o privilegio de sentir, invada mais uma vez meu espírito
Que o meu silencio sempre aponte uma respostas para as duvidas
Que o desejo de ficar sozinho continue cada vez mais
E que eu ache a cura imediata das minha dores
Antes de ser  julgado pelas palavras que um dia pronunciei

Gabriel Machado

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Algumas Rosas

Algumas rosas cruzaram meus caminhos hoje
As rosas do seu nome fizeram-me voltar a vida
Quando você se virou para mim,pude te olhar a fundo
Meu jardim lançou um novo aroma no ar
E pois fim naquele perfume que não saía da minha mente

Meus acordes continuam melancólicos como sempre
Meus solos ainda fazem sons gélidos e sem vida
Meus versos ainda não tomaram um rumo correto
Mas algo esta diferente em minhas palavras
Talvez sejam as rosas desse meu novo jardim

Algo esta diferente nessa manhã
Parei de olhar para aquela direção todos os dias
Parece que consigo enxergar uma outra linha no céu
Eu consigo sentir uma outra presença invés da minha antiga dor
Será que essa me fará sangrar também?

Será que terei que perguntar de onde vens essa presença também
Será que mais alguma flecha que atirada no céu me acertastes
Tenho medo de ignorar o perfume de suas rosas
Mas tenho medo de me machucar nos espinhos  que guardam seus segredos

Apenas tento resistir ao exilir de suas armadilhas
Mas agradeço por me tirar daquele vicio que me consumia
Minha real intenção era apenas a de olhar um pouco a minha volta
Mas algo me puxa para olhar na direção desse perfume
Mais  uma vez sou acorrentado a mais uma flor!

Gabriel Machado

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Espera

Esperando sozinho olhando para espelhos
Sentado em algum lugar,eu apenas desejo sentir
Eu sonho contigo todas as noites,mas não sei quem és ainda
Talvez já tenha te visto em algum dia desses meus dias vazios
Te espero no alto de algumas montanhas gélidas
Não tenho pressa de que me encontres
Um dia sei que sonharas comigo,apenas aguardo
As vezes é tão escuro seguir sem alguém ao lado
Mas a luz que vejo a frente me conforta

Esperando pertos dos continentes que nos cercam
Ou até mesmo nos oceanos que nos banham
Aguardo triste mas sorridente pela minha longa espera
Que a paciência consiga deter minha pressa
E que meus versos apenas tenham direção quando forem merecidos
E que essa duvida de que se realmente espero no lugar correto
Suma de vez de mim,e de lugar a certeza dos meus sonhos
Não tenho pressa de ver teu rosto
Muito menos se tua beleza agrada os falsos olhos
Nessa hora pouco me importa o que acham daquilo que espero

Eu sonho com você,você sonha comigo
Desejamos apenas que nossos sonhos se encontrem
Mesmo que isso demore uma vida toda
E mesmo que eu apenas possa te dizer poucas palavras
Já me sentiria recompensado pela minha longa espera
E quando nossas vidas se cruzarem por entre as ruas
Que ninguém nos ouse acordar para a realidade
Enquanto meus sentimentos apenas ficam em folhas
Eu apenas espero,descanso,levanto e espero algo

Gabriel Machado

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Céu

Esta noite o céu se arruma para todos aqueles que o adimira
Cobre todo nosso ser com uma breve serenidade
Ele olha para sua irmã que aquece um outro momento
E com um tom tão suave apenas diz boa noite

Infeliz é a noite que se arruma para poucos
É nessa hora que descansamos nossas feridas
Fechamos os olhos para tudo que nos cerca
Esquecemos de olhar para cima e simplesmente dizer obrigado

Ele solta sua doce brisa noturna e consola os males
Os males dos que sofrem da insonia desse mundo
Cansaço e mais cansaço,e o desejo de apenas fechar os olhos
Abra a janela e veja como ele se enfeita só para você

Olhe para ele,conte seus segredos,suas duvidas
E veras que chorarás com você,e imediatamente ficará gélido
Suas lagrimas fazem muitos solos florecerem
Seu pranto fazem muitos temerem sua depressão

Alguns homens se arriscam a entrar em sua imensidão
Muitos ficam,pelo simples desejo te conhece-lo
Mas nunca chegaram perto de seu coração
E jamais conseguirão estudar suas emoções e vontades

Essa noite o céu nos convida para uma ultima valsa
Antes de sua queda sobre todos nós
Será o descanso daquele que nos faz toda noite descansar
Esta noite o céu será aberto para você

Gabriel Machado

domingo, 26 de setembro de 2010

O vento

Hoje acordei com as mesmas noticias de ontem
O mundo clamava no mesmo tom de sempre
Acordei mais uma vez sem saber se realmente estava vivo
A situação  é sempre a mesma,o dia começa nebuloso como previsto

O mundo se maravilha com a mesma dor de ontem
Se delicia com as mesmas precariedades convincentes
Se realmente pararmos para pensar nada mudou
Apenas nós podemos mudar um dia

Enquanto eles pronunciam as mesmas profecias de sempre
Podemos prever nosso futuro mais distante que qualquer profeta
Apenas julgando nossos atos agora
Refletindo no espelho do  passado

Mentindo ou falando a verdade, Sofrendo ou morrendo
Simplesmente achando que estamos vivendo
Enquanto o vento sopra e nos arrasta para a mesma direção
Só devemos procurar a nossa solução para esse ciclo vicioso

Enquanto eles te fazem acreditar que tudo é diferente
Apenas pare e veja que nada mudou desde tempos atrás
O vento sopra sempre na mesma direção
E  trazem nossas dores novamente

Eles dizem que a situação esta sob controle
Que basta vivermos nossa vida como queremos
Mal sabemos que não importa qual rumo tomemos
Chegaremos ao mesmo destino,a forca que nos obrigam a descer

Tente andar nesse pedaço de caminho chamado vida
Decorando cada pedra trazida pelos ventos
Tome seus rumos,faça seu caminho,mostre seus planos
E veja se o final será como sempre quis,ou será como o vento te levará

Gabriel Machado

sábado, 18 de setembro de 2010

A vida

A vida nos cobre de cinzas dos nossos combates
Quem dera se pudéssemos ressurgir dela
Acordando a cada dia,vivendo como nunca
Apenas desejando que nos deixe livre

A cada combate vencido,desejamos apenas o descanso
Mas todo dia a vida nos Poe no corredor da morte
Nos obriga a pegar as armas no chão e lutar
Assim quando o combate acaba
Ela nos recolhe,e enche nosso ser de esperança

Apenas vivendo nesse ciclo
O que nos resta é aprender a cada embate
Decorar cada passo da morte
E fazê-la o mais doce possível

Nos obriga a viver em uma constante metamorfose
Consumindo nosso ser,reconstruindo nossas dores
Nos fazendo respirar novos ares todos os dias
Tratando de nossas feridas,ao mesmo  tempo abrindo-as para o mundo

Apenas punindo aqueles que ingratos reclamam da sua justiça
Mostrando sua face verdadeira como um dos milhares de deuses que sangram
Somente reduzindo-nos a seres humanos
Dizendo para todos os ventos nossas reais verdades
Sem se preocupar com nossa ``fome´´ de mentiras

Gabriel Machado

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

De Tão Longe Vens

De tão longe vens em seu silencio mórbido
Chega tão silenciosamente,que sinto como se a morte estivesse me tocando
Chega de repente,tira meu ar,minhas forças,meu ser
E ao mesmo tempo vai embora todos os dias
Caminha sempre naquela direção junto a multidão e some

Mesmo a cada dia sentindo meu fim
Peço a Deus para te ver todos os dias da minha vida 
Mesmo que ao menos possa te tocar novamente
Simplesmente para sentir seu perfume tirar minhas forças
Chorar a cada adeus que me és apresentado

Venha só mais amanha,não me avise  momento
Só deixe te olhar essa ultima vez
Venha só mais hoje,só mais esse instante
Só deixe sentir seu ultimo adeus
E prometo que te deixo partir para mais esse rumo

Todo dia faço as mesmas preces
Digo as mesmas orações a essa folha
Pronuncio as mesmas dores  de sempre
Mas o que realmente importa são meus sonhos noturnos
Que fazem a cada dia meus versos,soarem seu nome diferente todos os dias

Apenas pegue em minhas mãos,e de o primeiro passo
Pois já consumistes todas as forças que tenho
Te ver partir todos os dias,mata-me a cada passo
Me faz criança para esperar o próximo dia
Salva-me,e me tire desse djavu infinito

So peço que vás,e não olhe para traz
Faça das minhas dores justificáveis mais hoje
Não devolva meu ar,minhas forças,nem meu ser
Guarde como a ultima lembrança que me resta
Apenas guarde,e espere o ultimo adeus

O amanha já aponta ao longe,perto do fim
E anuncia sua chegada para mais um dia
Sei que vais naquela direção
Mas não sei de onde vens,quem sabe do alto
Então só me responda,o que fazes aqui embaixo?

Gabriel Machado

sábado, 4 de setembro de 2010

Meu Outro Estranho Eu



Tenho a certeza de que estou sozinho
Mas sinto uma presença alem da minha mente
Alguém que pensa como eu,mas age tão diferente
Tão diferente que não acredito que seja meu fantasma
Sinto frio,procuro respostas
Quem és que me persegue?

Me persegues  onde  vou ,tenta me matar a cada passo
E quando se revela causa morte do meu ser
Mas por um lado me liberta do cativeiro
Sei quem és,e sei de onde vens,não tenho mais medo
É meu outro verdadeiro eu
Minhas reais intenções

Me faz executar planos escritos entre linhas
Me faz desobedecer as leis que me barram
Me faz pensar ao contrario das pessoas presas nesse tempo
Manda-me agir e eu apenas obedeço seu sussurro
Um outro eu alem de mim
Meus assassinatos secretos

Com meu ``eu´´ posso derrubar esse sistema
Posso fundir meus pensamentos aos os fatos
Há alguém gritando dentro de mim
O que ele quer?Mostre-me sua face
Mantenha-me vivo,mesmo que impossível

Meu veneno que guardei a vida inteira
Sinto muito mas essa voz se libertou dentro de mim
Brada como leão em busca de um espaço nessa selva
De agora em diante será para todo o sempre assim
Com esse ``eu´´ ao meu lado eu posso fazer meu jogo
Mesmo que ele me odeie
Meu outro  estranho ``eu´´

Gabriel Machado

Mudanças


Ao fim do crepúsculo
A lua acaba todos os dias
 Assinada pelo sol
Ela finge sua morte
Mas foge para algum canto
Se esconde e La fica!!!
Ate que finalmente seja chamada
Por alguém que a queira

Ao fim de cada dia
O sol se esconde
Teme a luminosidade das estrelas
Mas sabe que quando elas apontam
Vem com elas a lua
Foge para algum canto
Ilumina o mais longe possível
E espera seu amanhecer

Ao fim de cada troca de olhares
O astro rei teme a deusa gelada
Sabe que quando ela aponta ao longe
Vem o cansaço,as trevas,e as lembranças
Ao fim de cada momento
A deusa gelada teme o astro rei
Sabe que quando ele aponta acima
Vem o remorso,a luz e a alegria
Só me resta me conformar
Ao fim de cada tempo
Me pergunto em prantos
Imploro que a lua fique
E que o sol ignore as estrelas
Que ao menos eles se encontrem
Mesmo que isso signifique o fim
Mas continuo aqui sem esperar nada

Ao fim de cada ato de minha imaginação
Só me resta observar
Toda a dor de uma deusa
Todo cansaço de um rei
So me resta me conformar
Ao fim de cada linha
Eu vejo a imperfeição de meus versos
Mas vejo a perfeição do destino

Gabriel Machado

Vivo



Peço-lhe  desculpas por não enxergar                                                                                                                                  
Mas retiraram meus olhos,para na poder enxergar a verdade
Não consigo ouvir mais nada
Porque tiraram meus ouvidos,para não ouvir qualquer som que venha do mundo
Não consigo mais cantar
Abafaram minha voz para sempre,pra não cantar mais nesse juízo

Mas mesmo assim continuo vivo
Que tapem minha boca,ouvidos e olhos
Não preciso deles para me expressar
Uso a ultima parte do meu corpo que continua em vida
Chega de mentiras e ironias a respeito do mundo
Não sou cego,nem mudo e muito menos surdo
Apenas finjo não reconhecer seus passos
Mas sinto sua sombra sobre meu corpo

Mas mesmo assim continuo respirando
Apenas comemore quando minha mente cessar meus pensamentos
Enquanto isso eu ainda estou vivo,e consigo ver seus passos ao longe
Tire meus braços e pernas,não preciso deles para me expressar
Mesmo assim continuarei vivo
Me mostre qual seu desejo final para meu fim definitivo
E que realmente vala a pena,e que você não se arrependa ao amanhecer
Mas que acorde e agradeça por não poder ouvir meus pensamentos



Grito para todas os ouvidos surdos deste resto de sociedade
Ainda estou vivo!!!!!!!
Respiro por fios que a todo momento me avisam sobre meu estado
Mostram-me que se disseres morra,eu sou obrigado a morrer
Mas jamais matara minha mente
Eu mereço estar vivo nesse momento
Apenas compreeendo que infelizmente estou
Ainda sinto o estupro de meu corpo,mas sinto a voz do meu ser
Que canta e compõe cada vez mais alto
Para que o crepúsculo de aço seja realmente mostrado aos seus verdadeiros donos!!!!

Continuem a me matar por partes
Mas que dessa vez aprendam a me calar pela mente
Não cometam o mesmo erro de me deixar pensar
Meus olhos pararam,minha boca já não pronuncia boas novas
Meus ouvidos não ouvem conselhos,mas ainda escuto uma chama que grita
Ainda estou vivo,e respiro cada vez mais ofegante para minha liberdade
Jamais temerei seus exílios novamente
Mas aprendo a conviver com suas prisões
E só te olharei com olhos de admiração
O dia em que conseguires tirar esse sorriso de meu rosto novamente
E caso um dia isso aconteça quero que lembres
Ainda estou vivo!!!!!!!!!!!!!!!

Gabriel Machado

Lamentos


Sobram só lamentos do meu passado obscuro
Quem me dera se minhas memórias não ficassem
Mas me assolam a cada passo que dou nesse meu ciclo espero que curto
Nesse mundo que me acolhe cada dia mais em suas mãos sujas

Me desculpe se me tornei  o que vocês não queriam
Sou apenas o reflexo do que vocês me ensinaram
Me  ensinaram a caminhar dessa maneira que hoje me arrasto
Me deram apenas uma mala e algumas lembranças
Que hoje levo para todo lugar que me escondo

Guardei todo o carinho que me foi concebido
Todas a armas que me deram,todas os laços,e as palavras que me jogaram
Acho que agora o que me resta é caminhar por entre os meios fios
Desse jogo que um dia vocês me colocaram sem ao menos me pedir permissão
Sinto saudades de muito tempo atrás

Orgulho de quem me tornei,jamais,mas orgulho do que vou tornar meu próximo
Lembrando de cada detalhe,de cada aula que tive
Seguindo o reflexo de um espelho e suas teorias contrarias dos que os que o olham por baixo
Se disser que não posso levar nenhum conselho comigo,não seria merecedor do céu
Mas assumo a conseqüência de não poder entrar aonde deveria ter ficado

Se eu acredito em Deus?
Jamais poderia duvidar de suas existência absoluta,e de Sua imensa superioridade
Me mandaste anjos,que caíram para dividir meu calvário
Me mostraram como desenhar um sol em uma simples folha branca
E como fazer de um simples ato de olhar,aprender

Um dia espero mostrar o que realmente me tornei
E mostrar que jamais abandonarei aqueles que me cercaram todos os dias
E mesmo aqueles que se esqueceram de me ensinar a jogar esse jogo
Guardarei com lembranças de grande alegria tudo aquilo que me foi passado
Se menti em algum verso dessa estrofe,que meu coração seja arrancado
Para aprender dar valor no que poderia ter sido me apresentado 

Gabriel Machado

Nada Importa



Olhe para esse relógio acima de nós
Percebe-se que a manhã clareia ao longe
O orvalho já se derrama sobre nossos pés
Vejo uma selva de loucos bem a frente dos prédios
A selva que nossos antecessores ajudaram construir
E que um dia iremos refazer como em um ciclo infinito

Mas o queres que eu faça?
Nada mais importa nesse momento
Finjo não perceber que a realidade nos cerca a cada dia
Sob nossos passos eu só vejo o céu e algumas gotas de inocência
Que esse mundo que tanto falam espere um pouco
Ainda me sinto dependente da infância que um dia tentaram me roubar

Apenas caminhe entre a linha que divide o céu e essa selva
Não se iluda com o céu,mas não enxergue essa realidade
Apenas caminhe,caminhe e caminhe
Cruze as avenidas que se movimentam cada vez mais fluentes
Enfim chegaremos ao nosso mundo
Um lugar perto das colinas,perto do centro do mundo
Longe dessa selva de loucos!!!!!

Caso alguém bata a nossa porta não perca tempo de atender
Não vale a pena interromper esse momento por nada
Nada importa mais,apenas seu olhar
Nosso olhar,nossa visão desse mundo
Nada mais importa,apenas nossa juventude inocente
Então feche os olhos,
É noite em nosso mundo,e deixe que a selva amanheça apenas lá fora

Gabriel Machado

A alma e um violão



As vezes as ultimas palavras de um poeta
São as notas de um violão
As palavras que faltam se tornam acordes melancólicos
A palavra amor se torna um sol maior
E decifra todas as relíquias escondidas por trás

Quando começam faltar letras para minha dor
A palavra ``você´´ se torna um dedilhado infinito
Meus dedos batem em todas as casas
Procuram pela doce melodia de seu nome
Ou simplesmente fogem do ritmo

Se ousa-se transcrever meu pranto em uma folha
Jamais obteria sucesso como tenho em um Dó
Dedilho de Mi a Mi em busca de minha melodia perfeita
Mas desafino a cada casa que me lembra teu sorriso
O doce sorriso de um Ré em apenas um tom

A se pudesse esconder minha dor em um Fá
Quem sabe conseguiria fugir de meus sentimentos
Mas o La me  faz sangrar ate o ultimo suspiro das cordas
Talvez não deva tentar fugir dessa musica
Mas deva tocá-la em Si,mostrando a realidade de sua beleza

Ao fim dessa melodia só restam meus dedos cansados
Inundados de sentimentos
E que talvez sejam os únicos que entendam minha dor
Os únicos que conseguem dançar de forma cautelosa
E de acorde a acorde fazem das minha palavras,mudas.

Gabriel Machado

DIZERES


Dizem que ela foi embora
Viajou pra longe em busca do que procurava
Dizem que foi procurar suas razões perdidas
Alguns dizem que ela encontrou seu destino ao longe

Mas eu não acredito nisso
Ontem mesmo eu a via aqui debaixo de meus olhos
Mas estranho é que não consigo a ver mais

Dizem que ela voou
Voou pra os altos céus onde foi proclamada deusa
Dizem que de lá ela ainda procura suas razões
Mas ainda olha para baixo em busca de algo a mais

Mas eu não acredito nisso
Eu sai e olhei pra o céu hoje
E la estava ele como sempre em seu mesmo rumo continuo

Alguns ainda dizem que ela esta em uma nuvem
Descansando de sua busca,a espera de sua razão
Dizem que sua razão desistiu de sonhar pelo seu dono
E assim ela continuara sua busca eterna por algo incerto

Mas eu acredito nisso
Acredito que um dia fui a razão dela
Mas minha falta a fez procurar outra saída

Alguns dizem que sua antiga razão foi como o nada
Que era cega,e hoje paga por seus pecados
Alguns acreditam que ela chora em algum canto
Tentando acordar de um pesadelo infinito

Mas eu acredito nisso
Acredito mas ainda não posso ver
E  se esse é mesmo seu destino
Que ela procure o nada
Pois quem sabe o nada consiga enxergar mais que eu

NOSSOS SONHOS


O meu maior desejo é ter você perto
Mas se um dia você adormecer ao meu lado
Peço-lhe que não tenha os mesmos sonhos que os meus
Tenho medo de meus últimos pensamentos
Mas caso você entre em minha mente te peço
Que não chores!!!!!!

Consigo ver em seus sonhos toda a paz que eu presciso
Mas meus sonhos só vêem a realidade
Não chores nunca mais
Esta noite logo se acabara
E é quando meus sonhos acabam eu posso realmente te olhar

Não insista em entrar em meus sonhos
Tudo que eu vejo é a verdade
Todo sangue que derramam pelo mais falso alimento
Aqueles que trocam sua alma pelo corpo
E que trocam o corpo por nada!!!!!!!!

Vejo quando seus sonhos se unem ao meu
Um novo tom de musica em meio aos meus pesadelos
Me de sua calma
Mas não chore pela minha dor
Somente sua paz pode acalmar meu espírito
E seus sonhos podem fazer meu mundo real desabar


Não chores nunca mais
Mas eu suplico que me deixe entrar em seus sonhos
Me tire desse medo juvenil
Faça me sentir a beira dos ventos alisios
Me faça acreditar em sua verdade

Acorde pois a manha já aponta ao longe
Meus passados negros já se vão á espera da próxima noite
Mas  o que me importa agora é que seus sonhos começam agora
Me faça acreditar neles
Para que eu esqueça a noite que vem tão perto e tão longe de terminar

(Gabriel Machado)