terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lamento Severino

Povo que sofre,tão remido pelas suas crenças
Povo que mata pra não morrer nas dores de suas angústias
Que amanhece em sua terra natal e dorme no outro lado do mundo
Povo que merece meu respeito e algumas palavras de consolo

Sua arte é a resposta para vida,seu canto, belo nos ouvidos de sua natureza
Povo que sofre da realidade em que nasceu pra sofrer
Que foge da foice pra sobreviver,mas que dela utiliza pra se sustentar
Que morre sem medo,que vive doente durante o sol,mas que se cura quando o dia acaba

Que todo ato de preconceito meu seja castigado pelos seus deuses
Hoje aprendo a respeitar tal dor e estupro que essa maioria sofre
Maioria que foge da morte para quem sabe conseguir mais alguns dias de vida
Que se corta até o ultimo espinho da flor da flora que o sustenta

Quando o sol nasce,cada um sai de seu esconderijo
Cada um,mata,morre,soa,ganha o pouco,vive o muito
Faz seu carnaval com algumas notas de seus instrumentos pálidos
Mente estar satisfeito com seu trabalho,estar alegre pelas dores

Mistura de suor dos dias que corroem seu corpo,que machucam sua alma
Com a alegria de gritar que ainda vive,que deseja um dia parar de sofrer
De andar por entre os tais falados “sois da liberdade”  que brilham no céu da pátria
Mas o sol que esse povo conhece  ,é aquele que queima suas cabeças todos os dias

Um comentário:

  1. Querido Gabriel...
    Após sua mãe me indicar seu blog fiz uma visita e de pronto notei que você tem o dor da poesia.
    o melhor é que você escreve com o coração e isso é muito importante.
    Gostei tanto de suas poesias que estou divulgando seu blog no meu.
    Continue e vá em frente, você vai longe...!!!
    Abraços
    Fernando Cabrera

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