domingo, 17 de janeiro de 2016

Cacos

Se existe algo que aprendi nestes últimos versos
É que somos divididos em milhares de pedaços
Talvez exatamente para que ao fim de tudo
Pudéssemos pegar cada um deles e nos reavaliar

Em cada pedaço é como se pudéssemos nos ver
Nos ver em partes pequenas e que geralmente não vemos
Partes que só vemos quando derrubadas ao chão,
Quando fazem barulho ao cair

Imagine como um espelho quebrado em milhares de cacos
Feitos exatamente para quando nos abaixássemos para limpar
Pudéssemos nos enxergar em milhares de faces diferentes
Milhares de seres vagando em um único maior


E nesta reunião dos milhares de “eu”
Os pedaços se juntam novamente, prontos
Imediatamente preparados para caírem novamente
Dar inicio a nova quebra e ao novo levante

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