domingo, 9 de agosto de 2015

Morto

O tempo amanhece azul como nunca se fez antes
O noticiário anuncia que a paz calhou ao mundo
Que as pessoas passaram a olhar o próximo
Que o solo acordou sorrindo
Que tudo se tornou paz
A fome foi saciada, e que a sede se fora
Que as guerras são passado e que as ruas são luz
Dizem que tudo se fez cor, que tudo ficou nobre
Que não há diferenças estre os povos
Que os deuses juntos formaram uma única corrente
O doce finalmente é doce, e o amargo fora banido


Mas essas notícias não são sentidas de onde escrevo
Não são.
Onde exatamente você me deixou sonhando
No passado
Longe do presente, mais ainda distante de um futuro
Eu já estou morto a tempos
Já estou caído
Já estou preso no que agora é passado

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